Meu gatinho morreu...

Quando o ganhei, ele veio cair em meu colo quando nele nada havia senão ausência.
Chegou com os olhos tão abertos como os meus um dia haviam sido.
E abriu meu coração pro abraço.
Com suas brincadeiras a desconcertar meus dias ,
se escondia atras das coisas e pulava em mim quando eu passava.
Minha mãe dizia que Omelete dançava, quando corria aos pulinhos apoiado apenas nas duas patinhas trazeiras.

Ele, que me fez voltar a dizer eu te amo, já não está mais por aqui, o encontrei morto no meu jardim.
Os olhos vidrados já não viam,
mas acho que podia sentir minhas mãos em seu corpo.

Me culpei por ter me descuidado dele.
E chorei a falta de tempo, a correria.
Chorei a vida que sempre acaba, chorei a morte.

Sem seus olhos sábios, sem sua altivez e elegância, sem sua terna presença, nossa casa está mais vazia Omelete.
Estamos sofrendo sua falta.
E seguimos com sua imagem tatuada em nossos corações.
Amo-te omelete!!