sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Contagem regressiva



Se você está lendo esse post é sinal que, assim como eu, sobreviveu ao Natal, agora estamos aqui na contagem regressiva para um ano novo.
Você pode achar que sou muito espírito-de-porco e pouco espírito-de-Natal, mas o fato é que a obrigatoriedade da alegria sempre me incomodou. E, pior, sempre me deixou triste.
Até que eu descobrisse que isso era um sintoma grave de neurose, eu passei muitas e muitas noites de natal achando que só eu estava meio triste. O resto da humanidade, excetuados aqueles que não tinham o que comer nem com quem passar as festas, estavam esfuziantes. Aos poucos, fui amadurecendo e descobri que não é bem assim.
Existe uma penca de pessoas que também acredita que o máximo a se esperar da noite de natal é chegar ao dia seguinte vivo.
Alie-se à obrigação de felicidade o espírito cada vez mais comercial da festa.
É cada vez mais o número de indivíduos que se auto-presenteiam ( \o/ tipo eu), certos de que são, acima dos seus amigos e parentes, merecedores da própria atenção.
Há quem diga que não pode ser diferente: em tempos de super-valorização da técnica e de descrença em qualquer sentido ou significado para a existência, o melhor que você pode esperar dessa data é um ipod novo mesmo. Eu ganhei o meu e estou feliz da vida.

Essa é uma semana absolutamente democrática, na qual não há excluídos. Estamos todos esperando pela próxima comemoração forçada de felicidade: o ano novo. Menos piegas, menos carregado daquele jeitão melancólico do natal, a festa de reveillon é mais livre, mundana, menos familiar, mais escrachada, não tem cheiro de religiosidade, mas nem assim consegue ser espontânea. Estamos todos obrigados a renovar votos de esperança e felicidade à meia-noite, esteja você de havaianas na praia ou de salto agulha num festão de arromba, exclusiva(o) e sofisticada(o). Eu devido a circunstâncias, passarei em casa , as lágrimas, porque esse dia começou muito bem, mas nem está terminando tão bem assim.

Confesso o que mais me incomoda nesta última semana do ano é uma inevitável ansiedade: fico torcendo para que o ano novo chegue logo, as festas acabem e a vida possa voltar a ser normal. Ou seja, eu possa ver os amigos sem classificar o encontro como “o último chopp do ano”. É tudo tão mais fácil quando o de deadline de “nos ver ainda esse ano” desaparece. Sem a mesma pressa, voltaremos a ser relaxados, lenientes, preguiçosos e teremos todo o direito de voltar a dizer, sem nenhuma convicção: “vamos combinar para semana que vem”. Da minha parte, também espero poder aproveitar o clima de liquidação que se instala no comércio – o capitalismo tem dessas coisas, quando a procura diminui, o preço cai…
É claro que, para isso, é preciso ter escapado da enxurrada de apelos para gastar o dinheiro antes do Natal. Será que alguém aí conseguiu? Eu tenho defendido a idéia de que dezembro é para amador. Profissional faz compras, bebe e sai para jantar o ano inteiro.
Enfim, se der tudo certo, nos vemos e nos lemos em 2011.
E, como não poderia deixar de ser, feliz ano novo para vocês.

sábado, 25 de dezembro de 2010

A pura verdade

Meninas de todo o Brasil, tenho um conselho valioso para dar aqui: Se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute!

Na próxima vez que encontrá-lo, tente (disfarçadamente) descobrir como é sua barriga. Se for musculosa, torneada, estilo "tanquinho", fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.

Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. 

Estou me referindo aqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os  metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto.

E eu digo por quê. Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma - e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os "tanquinhos" farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem.

No quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar. Você nunca irá ouvir um "ah, amor, 'Quarteirão' é gostoso, mas você podia provar uma 'McSalad' com água de coco". Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará seu relacionamento.

Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga.. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.

Outra coisa fundamental: homens barrigudinhos são confortáveis! Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!!!

Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.

Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo.
Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar, a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar.

É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O medo de amar


O medo de amar é o medo de ser livre, 
É o medo de ver a realidade de um sentimento brotando e não ter como detê-lo.
É o medo de ter que se dar sem esperar algo em troca,
É o medo de que a liberdade nos faça realmente pessoas boas, que não queremos ser!
Como  perder o medo de amar,  o medo de ser livre?
Como viver o amor não só de palavras, mas de gestos?
Amor que não se traduz em gestos não é amor.
“O sino não é sino enquanto não soar...
a música não é música enquanto não for tocada...
o amor não é amor enquanto não for dedicado a alguém!!”

Olhos nos olhos...
janelas da alma...
Deixar que os olhos falem,
que eles digam o que as palavras calam quando o que mais desejamos é amar e verdadeiramente sermos livres!


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Como entender os homens?

As pessoas não são fáceis de entender. Especialmente os homens. 
Nos últimos meses da minha vida eu estive centenas de horas a aprender a entender pessoas. Eu estudei o comportamento humano, "psicologia interior" e mais especificamente como as pessoas pensam e agem quando estão na fase inicial dos relacionamentos.

Na minha experiência, tanto os homens como as mulheres tem as suas formas secretas de dizer as coisas. Mas você só pode entender essas formas de comunicação secretas se souber onde procurar.

As mulheres comunicam com palpites, linguagem corporal e flertando, quando estão conhecendo um homem. Como mulher podemos mostrar diretamente ou indiretamente ao homem se estamos pensando em um relacionamento mais sério.

Os homens são diferentes. Os homens geralmente comunicam com sarcasmo, humor, pretensão e outras formas "indiretas" de demonstrar o seu status. Muito RARAMENTE um homem diz honestamente se ele está ou não pronto e se é capaz de criar um relacionamento com significado.

Além do interesse sexual, os homens enviam muitos sinais indiretos sobre os seus pensamentos. Se você não sabe como ler os sinais que os homens estão mandando, então pode entender mal a mensagem.
Receber as mensagens erradas dos homens é a maior causa de dor e desgosto amoroso que as mulheres tem.
É difícil entender um homem, o gostoso nesse mistério e que vamos os descobrindo pouco a pouco pelos seus comportamentos, mas entende-los completamente quase impossível!




sábado, 18 de dezembro de 2010

Tempo










"O tempo é senhor de todas as coisas."

E essa frase esta me martelando a muito tempo.
Tempo, tempo...

Quanto tempo tem o tempo?
Quantas horas o tempo do tempo tem?

Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda eu sei...
O tempo me trouxe até aqui e nesse tempo todo eu não sei que tempo é o meu tempo.
Temporariamente falando estou perdida nos devaneios do meu tempo todo.

E eu desperdiço tempo demais dormindo. 
E desperdiço tempo demais comendo. 
E desperdiço tempo demais vivendo.

Tenho tempo e não tenho relógio. 
O relógio não comanda o tempo, só conta quanto tempo demora pra passar o tempo.
E o tempo é curto e o tempo é longo.
É longo quando a gente quer que passe logo e é curto quando vemos que já passou...

Eu sei que isso é filosofia barata... 
Eu sei que pareço sentimental demais...
Mas o tempo tá correndo e eu corro do pouco tempo que o tempo me dá... 
Queria ser a senhora do meu tempo.

Me daria mais tempo. Tiraria meu tempo ocupado. Só tempo livre pra viver.
Poder viver intensamente.

E as minhas afirmações são as minhas certezas.  

E a única coisa que consigo saber sobre o tempo é que Deus é meu tempo.
Eu cuido do meu tempo.
E o meu tempo que cuida de mim. 
"O tempo é nosso melhor amigo"







sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Meu amor

Me apaixonei pelo seu jeito de olhar
Me apaixonei por seu tom de voz
Me apaixonei pelas suas idéias
Me apaixonei pelos seus medos
Me apaixonei pelo seu sorriso
Me apaixonei por sua intensidade e suavidade
Me apaixonei pelo seu certo e errado
Me apaixonei pela sua presença e ausência
Me apaixonei pelo seu barulho e seu silêncio
Me apaixonei pela sua capacidade de dizer a coisa certa
no momento certo.
Eu me apaixonei por você e por tudo aquilo que me transformei através de você. 
Me apaixonei por nós e por cada coisa nossa. 
Me apaixonei pelo fato de sermos tão  iguais e tão diferentes, com a mesma intensidade.
Hoje eu quero apenas viver,
A cada instante penso em você, sem pensar no amanhã,
E a cada dia me apaixono mais por cada momento que passamos juntos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Me sinto um tanto confusa e perdida dentro de mim.
Como se eu fosse um imenso território vazio...
Bate aquela tristeza, aquela saudade...
Lembro da felicidade como se fosse em vidas passadas, em algum lugar e tempo bem distante.
Tem dias que me desconheço totalmente, a cada dia pareço uma pessoa diferente.
Fico confusa em meio a tantos conflitos.
Por causa desses meus humores distintos acabo me perdendo de mim a cada fim do dia...
Então rasga-se o véu e me encontro assim: tão eu!
A mesma tristeza, a mesma solidão, a mesma saudade e lembranças sem fim...
Vivo presa em meu interior, nesse imenso território vazio, onde não há mais espaço pra mim...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Destino


Fico em silêncio quando as opiniões vão de encontro às minhas,
Tenho o hábito de não rejeitar aquilo em que acredito, me mantenho fiel a mim,
Firme em minhas convicções,estreita nas direções…
Acompanho os instintos…
Um dia ouvi uma frase de uma pessoa muito querida, que me doeu na alma: “Ninguém é de ninguém.”
Quase sempre é necessário que alguém nos abane e diga as coisas ao ouvido para as escutarmos, refletirmos, acordarmos para as mensagens da vida,  por mais que doa.
Só aí foi que vi a verdade desta afirmação,
O sentimento de posse, se nos acompanha, só atrapalha…
Tudo acontece por si…
Não é preciso influenciarmos as decisões,
Nem apaziguarmos rancores,
Basta viver…
Para perceber que o sabor das palavras, das pessoas,dos sentimentos, da vida, se resumem em uma única palavra: DESTINO

domingo, 31 de outubro de 2010

Quando alguém vai embora

Quando alguém vai embora, para nunca mais voltar, a alma leva um grande choque, por mais q a cabeça entenda q absolutamente tudo nessa vida é provisório e passageiro, q os caminhos se cruzam e descruzam , e q certas coisas são inevitáveis.
Então, a alma se veste de negro, recolhendo-se, e ficando vazia e triste.
Às vezes, os olhos, as mãos, a boca vazam essa tristeza; outras vezes, não há ânimo nem para isso.
E assim, vestida de negro, a alma contempla a vida, esperando a hora de voltar a sorrir, ainda q o sorriso tenha um traço leve de tristeza - o traço deixado pelo alguém q foi embora.

Quando alguém vai embora, o tempo castiga quem ficou.
O dia tem mais horas, os minutos mais segundos, e tudo é mais demorado e difícil.
E, nessas horas, chega-se a ter certeza q jamais poderá seguir em frente com a falta tamanha q aquele alguém q foi embora faz.
Mas a vida segue, e quem ficou segue com ela.

Quando alguém vai embora, quase sempre vem um arrependimento, e a sensação estranha de q não há mais chances.
Fica-se pensando na conversa importante q não houve, no carinho q se deixou pra depois, nos erros q foram cometidos, no desabafo q não foi externado no amor que ficou pra ser sentido, no tempo q era pra ser vivido juntos e cheio de tantas coisas, e agora tem q ser passado em solidão.
E tudo isso vai formando um nó q tampa a garganta, interrompe a respiração durante o sono, não te deixa comer e provoca uma sensação de abandono q só poderia ser deixada por aquele alguém q foi embora, porque cada história é única.

Quando alguém vai embora, quem ficou percebe coisas q antes não eram percebidas, e quanto mais o tempo passa, mais se percebe.
Começa a fazer falta aquele olhar de carinho ou reprovação, aquela voz invadindo a casa, aquele jeito de falar e abraçar; e no começo dá a impressão de q tudo isso ficará perdido em algum lugar inatingível.
As datas especiais ficam doloridas.

Quando alguém vai embora, as dúvidas começam a rondar a cabeça, e a fé sofre um abatimento.
Percebe-se q o mais forte dos homens,  o mais saudável ser, um dia, sucumbe.
Percebe-se q a existência é frágil.
Duvida-se da vida, da morte, das pessoas, do amor.
Assim como vem, as dúvidas vão e voltam sem resposta, porque não há respostas.
E tudo isso pode virar amadurecimento ou amargura, dependendo de como quem fica quer aproveitar a experiência de perder o alguém q foi embora.

A verdade é q o mundo todo acaba quando alguém vai embora.
E não dá a menor vontade de reconstruir nada. Nada.

Quando alguém vai embora, normalmente, se tem o carinho dos outros q ficam, e, passando pela mesma dor ou não, se preocupam em ser um consolo.
E os abraços, os carinhos, as palavras, as lágrimas solidárias, o calor da alma dessas pessoas vai começando a esquentar a alma fria de quem ficou, a fazer efeito e recuperar o coração quebrado.
E é nessas horas q se percebe o valor q tem dividir a vida com muitas pessoas em todos os momentos, porque são elas, e não o alguém q foi embora, q vão ajudando a levantar e olhar pra frente.

Quando alguém vai embora, quem ficou começa a trilhar uma estrada longa, q tem um nome melancólico - saudade.
Essa estrada, a princípio, é enlameada, escorregadia, escura, esburacada; e muitas vezes faz cair, machucar, e quase desistir de andar.
A dor é tão profunda, e parece estar enraizada em um lugar tão inacessível, q parece que nunca vai sarar. Mas ela sara.
Aos poucos, ela sara. E aí chega a hora de deixar o tempo fazer seu trabalho.

Chega a hora de sorrir de novo.
De deixar as lembranças serem somente lembranças.
De tirar o manto negro da alma.
E, de repente, a estrada, apesar de a cada dia ter mais uns passos de distância, vai se tornando cada vez mais leve, mais iluminada, bonita até.
E quem ficou percebe, na verdade, aquele alguém pode até ter ido embora, mas nunca deixou de existir, e isso é uma forma de vida.
A mesma vida q segue por tantas outras estradas q vão se cruzando,descruzando, e nunca voltam.
E percebe-se q só se tem a agradecer a oportunidade de ter estado com aquele alguém q foi embora, mas sempre estará presente, de alguma forma.
 E então vem aquela paz q só o amor de verdade pode dar.

Homenagem especial pra meu vô ( Vicente) e minha vó (Belinha) e tbm para todos os que já foram embora...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010



Nem todos os meus textos são sobres as coisas que eu estou passando no momento, muitas vezes são coisas que eu já vivi, e que ficaram guardadas por algum tempo, e eu precisei colocar para fora, ou somente quis compartilhar com vocês o que se passa no momento.
Não é fácil ter mil coisas a dizer, e ter que escolher o que pode ou não falar, e eu sou assim, tenho que selecionar tudo o que vou dizer, avaliar com cuidado quem vai ler, para saber o que falar, e isso é muito ruim.
Tenho mil coisas engasgadas que ficam perdidas em um arquivo qualquer no meu pc, sem poder mostrar para ninguém, não posso mostrar agora, mesmo sabendo que isso iria aliviar minha alma de alguma forma.
Isso também é uma forma de desabafo, tudo o que eu posto aqui de uma certa forma é.
Eu tenho muitas coisas a dizer, muitas opniões a dar, e um dia, mesmo que demore um pouco, eu vou esvaziar mil coisas que preciso dizer, mas acho que agora não é o momento certo.

domingo, 3 de outubro de 2010

Tenho ciúmes de você!


Certas coisas a gente só consegue sentir, e observar que está sentindo depois que toma conhecimento racional a respeito delas.
Antes de entender racionalmente que eu sentia ciúmes, eu era incapaz de ligar meu mal estar, minha raiva à atitude de uma pessoa, ou mesmo a uma pessoa.
Ficava irritada, de mau humor, chata e cobrava muito mais que o normal.
Mas era impossível de resolver o problema, pois eu não sabia ligar a causa à consequência.
Hoje, já ciente que eu sinto ciúmes sim! E muito. Posso escolher como reagir a ele.
Posso observá-lo dentro de mim, dando ordens de comando e remexendo tudo por dentro.
Posso senti-lo inteiro, manifestando em meu corpo, e em meus pensamentos.
O interessante é observar.
Neste momento já consigo me olhar de fora, como o observador distante, mas ao mesmo tempo presente.
E é impossível não rir de mim mesmo, ao me observar irritada, com raiva, dando chiliques…
Ao ler, ou escutar algo eu vou até a cena. Me vejo lá, observo tudo, estou em um canto, de braços cruzados, ou sentada, não muito próxima, mas presente o suficiente.  
O semblante passa tranquilidade, e quase um sorriso, mas na verdade destilo veneno através dos olhos. Vejo contato, risos, abraços, envolvimento, odeio o que vejo.
Eles riem juntos, trocam informações e a conversa rola solta.
E eu vejo, de fora, eu não participo. E mesmo que depois seja convidada, já não me interesso naquela diversão. A noite já perdeu a graça, já fui excluída...
Meu intelecto, meu racional, pensa: “Nossa, que legal isso, fico feliz por ele. ” “Não, eu não sinto ciúmes, quero mais que ele esteja feliz.” “Que bom que ele está feliz, que tem com quem conversar,e que está vivendo coisas legais com suas amigas” HAHAHAHAHAHAHAH
Quanta mentira!!! Muita mentira mesmo.
Da pior espécie possível, a que engana a si mesmo.
O que sinto na verdade é:  “Ele está se divertindo com as amigas, não acredito que ele se diverte sem mim” “Putz, quem será ela ?” “Que ódio. Eu que queria estar ali.”
Sério mesmo. É isso que eu sinto.
Mas graças ao meu bom Deus eu consigo não me mover guiada por estes pensamentos.
Ainda não consigo deixar de tê-los. Mas escolho não manifestar todo este orgulho, egoísmo e ódio contra a pessoa, tanto a que eu gosto, quanto a que passei a odiar instantaneamente.
Outra coisa a ser observada, como bem fala um amigo meu em seu blog, é a reação do corpo.
Sim! Ele reage sozinho. Mesmo que eu não queira escutar a voz maléfica que sussurra no meu ouvido, tentando me guiar, meu corpo escuta e me diz o quanto aquela situação me incomoda.
No caso do ciúme, posso sentir meu corpo se contraindo, sim, ele se fecha, se dobra, pra dentro, remoendo seu próprio veneno. O coração dispara, mas pesado. A respiração fica curta, quase falha, o rosto se fecha, o semblante fica carregado.
Me incomoda engolir, e minha boca seca, os lábios se contraem e ficam enrugados. Assim, como o coração. Preso, oprimido, em meio a tanta dor, e medo.
Neste momento, pra mim, assumir o sentimento negativo é o melhor. E eu quase grito. “SIM EU TENHO CIÚMES DE VOCÊ!” “EU QUERO VOCÊ SÓ PRA MIM”.
E depois de assumir, este orgulho e egoísmo, posso me sentir novamente onde estou. Aqui e agora, eu não estou mais presente na cena. Não estou encolhida mais. Estou em pé, inteira, aqui.
Ao me sentir presente, no momento, posso rir, me envolver, me sentir. Ao abrir meu peito novamente, pode ser que force por dentro, e abra um pequeno machucado. Mas ele é meu, é vivo, e eu posso senti-lo. Me livro do peso e mesmo com pequena dor, estou presente, e livre. 
Sinto que a pessoa não é minha. Ela não precisa estar comigo, e sim ele é lindo mesmo assim, e continuo o amando.
Ao livrá-lo de  mim, eu me livro dele também.  
E me livro de mim mesma.
Ele não precisa estar comigo. E eu não preciso estar com ele.
Eu pisco os olhos, sorrio e sinto quantas coisas existem lá fora.
O quanto vale a pena gostar, e sentir isso tudo. E como é bom escolher gostar de alguém.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A vida...

Sempre fui uma pessoa muito carente.
Tive que amadurecer rapidamente, aos oito anos de idade eu já era mais adulta que muito adulto por ai.
Sempre me virei sozinha, sempre tive que correr atrás do que queria, mas o meu sentimental sempre foi fraco, sempre se manteve ferido.
A vida me apresentou muitas pessoas, muitas delas se foram, e muitas permanecem até hoje.
Ela me concedeu uma nova família, e muito linda por sinal.
Já me deu as costas e me deixou sozinha , mas ela sempre olhou pra trás e procurou saber se eu estava bem.
A vida sempre me cobrou um preço alto pela minha própria felicidade, mas quando eu conseguia finalmente pagar esse preço, ela deixava que eu ficasse feliz por apenas algumas horas, minutos, segundos...
A vida me deu uma vida um pouco diferente das vidas que se vêem por ai.
Nunca tive nada na mão, nunca tive regalias, não que esteja reclamando disso, pois foi assim que aprendi a ser a pessoa que eu sou hoje, uma pessoa mais justa, mais forte e que não se abala na frente das pessoas, mas muitas vezes essa pessoa que deixo transparecer dorme todas as noites, deixando cair lágrimas dos olhos...

sábado, 28 de agosto de 2010

Feliz solidão

Gosto dos meus momentos de solidão, de acender velas, de ficar ouvindo música ,de ler, de cuidar do meu cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá, curtir minha casa.
Sozinha.
As vezes gosto de paz, de silêncio.
Muitas amigas não entendem esse meu jeito de ser, quando recuso um passeio e digo que vou ficar sozinha em casa, me dizem que isso é sintoma de falta de amor.
Eu sou assim , em meu interior existe uma grande riqueza de vida, a capacidade de estar só e de me distrair comigo mesma revela alguma densidade interior,  cultivo uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos simplesmente desconhecem.
A maioria das pessoas parecem permanentemente voltada para fora.
Despejam seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta.
Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.
É preciso parar de pensar  que atrás de toda solidão  há desespero.
Que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia.
Pode haver escolha.
Ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa, desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos, o que nem sempre é fácil.

Eu adoro quando chove, quando eu sinto que ajudei quem merece, quando eu fico sozinha.
Quando lembro do que eu achei que tinha esquecido pra sempre, quando  acordo e percebo que tenho mais uma hora pra dormir, quando eu vejo que valeu apena, quando me identifico, quando passa, quando começa, quando chega, quando alivia... adoro.
Adoro quando eu entendo, quando não procuro entender.
Quando eu to longe e mais ainda quando estou perto.
Adoro quando aprendo com pessoinhas de 4 anos de idade, ou de 98 anos.
Adoro quando tudo gira, quando para tudo.
Adoro quando chega o dia,  chega a hora.
Quando da frio na barriga.
Adoro saber que estar comigo mesma já é não estar sozinha.

sábado, 14 de agosto de 2010


Encontrei mais do que um homem que conquistou a minha vida e todo o meu ser eu encontrei o amor, o verdadeiro e puro AMOR.
Cada vez que estou contigo o meu ser é transportado para o mundo da fantasia onde tudo é magia…
Vc me faz viver noutra época, num lugar onde só o nosso amor existe e é a força poderosa que o faz girar…
Mesmo quando estamos distantes nos encontramos em nossos sonhos, e somos inseparáveis, como a noite e a lua.
Quando chega a noite adormecemos abraçados a contar as estrelas, elas são as velas que iluminam o luar que a noite nos ofereceu de presente.

A madrugada quer voar e com ela levar a nossa alvorada.
Nasce o sol e a sua luz desperta-nos da doce imaginação inconsciente.
Ergue-se o dia,
Deita-se noite.
Vejo o teu rosto, sinto o teu gosto.
Senti com um longo beijo de amor, o primeiro deste dia de alegria.
Vivemos um para o outro envoltos na brisa do mistério secreto que é o amor que nos une, que nos funde…
Partilhamos mais do que tudo, um sentimento que sempre correrá no nosso sangue.
Nos unimos em um só ser, em um sentimento imortal tão grande que nem dentro de nós cabe mais…
Para que sonhar quando a nossa vida já se transformou num eterno sonho?
Amo-te mais do que tudo que pode existir e que poderia amar.
Quando estás longe o meu coração reclama e desespera de saudade.
Sinto saudade do teu lindo sorriso, do teu beijo, do teu cheiro, do teu calor do teu amor…

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia...




A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor.

E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora.

E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas.

E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo à luz.

E, à medida que se acostuma se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora.

A tomar café correndo porque está atrasado.

A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo.

A comer sanduíche porque não dá para almoçar.

A sair do trabalho porque já é noite.

A cochilar no ônibus porque está cansado.

A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.

E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos.

E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz.

E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”.

A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.

A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita.

E a lutar para ganhar com que pagar.

E a ganhar menos do que precisa.

E a fazer fila para pagar.

E a pagar mais do que as coisas valem.

E, a saber, que cada vez pagará mais.

E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes.

A abrir as revistas e ler artigos.

A ligar a televisão e assistir comerciais.

A ir ao cinema e engolir publicidade.

A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros.

À luz artificial de ligeiro tremor.

Ao choque que os olhos levam à luz natural.

Às bactérias de água potável.

À contaminação da água do mar.

À morte lenta dos rios.

Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando ñ perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.


Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.

Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.

E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele.

Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.


Marina Colassanti

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A voz do silêncio


Fatos e situações levam as pessoas a crerem que a lei do silêncio impera.
"A justiça tarda , mas não falha."
Muitas vezes ouvimos as frases: " Tenho o direito de só falar em juízo"," Só falo diante do meu advogado."
Que mundo , que país, que leis são essas que incetivam o mal?
Que induzem a falta de parâmetro no ser humano?
Não existe crime perfeito, aqui se faz e aqui se paga.
Colhemos exatamento o que plantamos;
Pessoas agem na calada da noite, acreditando na falta de testemunhas, porém elas se esquecem que lá em cima existe um ser supremo, e que seu olhar envolve todo o universo.
Tudo que fizermos contra ou por nosso próximo receberemos em dobro.
Vejamos uns exemplos, com todo respeito e lástima as famílias.
O pai de Eloá tirou várias vidas, destruiu famílias, e o retrato da dor em perder sua filha revelou a verdade escondida há anos. O pai de Eliza Samudio, ao cobrar justiça por sua filha, mostrou sua injustiça cometida.
O goleiro Bruno, ontem com muitos doláres, hoje apenas a dor da vergonha.
Não há no mundo dinheiro que pague a capacidade de andar de cabeça erguida com a certeza de não ter causado sofrimento a alguém.
No caso dele , apenas Deus, os envolvidos e suas consciências sabem a verdade.
Se algum dia eles sentirem a dor da perda, saberão o dano que causaram.
E levarão consigo a certeza de que mesmo o pior canalha tem o direito de receber a misericórdia do perdão.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O amor faz mal?



O amor nos faz tão estupidamente frágeis.
Porque é que nos deixa com as pernas bambas e o coração a bater em uma rapidez tal que parece querer saltar pela boca?

Porque é que nos cega de maneira que não vemos nada nem ninguém mais do mundo do que não a pessoa amada?
Porque é que nos faz procura-la em cada rosto, tentar encontra-la em cada olhar?

Porque é que essa pessoa se torna o nosso mundo de forma tão intensa?
Porque é que nos põe uma colónia de borboletas no estômago que se revoltam de cada vez que vemos o amado?
Porque é que sentimos ciúmes? é como se estivessem a enfiar uma faca no peito, dilacerando a alma.

Porque é que nos faz num ato de loucura arrancar o nosso coração e pura e simplesmente entrega-lo assim, nas mãos de outra pessoa?!

Essa coisa de amor é estranha…
quase que me põe doente,

vejamos:

Dá tremores, acelera os batimentos cardíacos, dá distúrbios de visão e acessos de loucura…
e apesar disso é das coisas da vida que nos faz mais felizes??

Conclusão a que cheguei:
O amor pode ate fazer "mal", mas sabe mesmo bem!!

Nós somos um bocado estranhos não é verdade?

A mais pura verdade



A medida que envelheço e convivo com outras, valorizo mais ainda as mulheres que estão acima dos 30. Elas não se importam com o que você pensa, mas se dispõem de coração se você tiver a intenção de conversar. Se ela não quer assistir ao jogo de futebol na tv, não fica à sua volta resmungando, vai fazer alguma coisa que queira fazer...

E geralmente é alguma coisa bem mais interessante. Ela se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer. Elas não ficam com quem não confiam. Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem.

Você nunca precisa confessar seus pecados... elas sempre sabem... Ficam lindas quando usam batom vermelho. O mesmo não acontece com mulheres mais jovens... Mulheres mais velhas são diretas e honestas.

Elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um!

Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela. Basta agir como homem e o resto deixe que ela faça... Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos! Infelizmente isto não é recíproco, pois para cada mulher com mais de 30 anos, estonteante, bonita, bem apanhada e sexy, existe um careca, pançudo em bermudões amarelos bancando o bobo para uma garota de 19 anos...

Senhoras, eu peço desculpas! Para todos os homens que dizem: "Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça?", aqui está a novidade para vocês: Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem por quê?

"Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!". Nada mais justo!


Arnaldo Jabor

domingo, 27 de junho de 2010

Te quiero



Perdoa-me, se ao tentar te proteger
Acabei por te magoar.
Perdoa-me,
Do fundo do meu coração
Te peço que me compreenda,
E caso seja possível,
Perdoa-me.

Em ti,
Encontrei a minha paz,
O resumo de todos os meus ideais.
E no teu amor,
Encontrei a razão da minha vida.
A razão de tudo que sou,
Está em ti contida.
Quero-te.
A cada dia que nasce,
E a cada noite que chega.
Quero-te.
Porque em ti descobri,
A essência de mim.
Quero-te Homem,
Para que eu possa em ti,
Satisfazer os desejos
Do meu corpo e do meu amor.
Quero-te Cúmplice,
Para que os nossos segredos,
Possam ser somente nossos.
Quero-te amigo,
Para que possas me escutar,
Aconselhar-me,
Mostrando-me o caminho.
Quero-te confidente,
Para que possas
Ouvir minhas queixas,
E deixar que eu encontre
Em teu ombro o abrigo seguro
Para guardar minhas lágrimas.
Enfim,
Quero-te na minha vida,
Para ser o companheiro
De todas as horas,
Porque já não sei viver sem ti.
Quero-te...
Porque essa saudade gostosa,
Esse meu coração batendo forte,
Não me deixa negar que eu te amo demais...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Deixe a borboleta voar....




Meu peito doi em carne viva.
O que poderia ser mais doido do que alguém em quem confiaste te ferir?
Ferir com atitudes e palavras que entram pelo ouvido, penetram no cérebro, na alma, vão consumindo ossos, músculos, nervos, carne e pele, como um ácido que corrói a alegria e simpatia.

Me imagino um pássaro que pousou em sua janela,
cantou puro e foi alvejado e morto.
Me imagino uma borboleta que pousou em sua mão,
bela e confiante, e por elas foi esmagada.

Por onde andava teu coração nesta hora?
Se sentiu seguro para machucar,
atingir a auto-estima e a felicidade?

Por que achou que seria bálsamo pra as feridas
existentes em seu vituperado interior?

Conhece a mágoa mas não a sensibilidade.
E depois tenta convencer que nada fizeste...
A única coisa que te peço é que deixe o pássaro ir,
Deixe a borboleta voar.
Deixe Deus entrar,
Pra você sair dessa carapaça desumana..


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Falar de amor não é amar


Quando criança na escolinha fixava meu olhar naquele enorme "A" vermelho e na figura que a ilustrava, eram duas pessoas em um abraço afetuoso, aprendi que o "A" era de amor.
Assim aprendi o significado da palavra.
Achei que amar era apenas abraços.
A medida que fui crescendo aprendi que existiam outros sentimentos e ações interligados a ele.
Descobri então o beijo, o afago e infelizmente a dor.
E eu imaginei que amar era mais isso. Descontentamento.
Porque eu amava com meus lábios, muitas vezes, mas meu coração não sentia.
E então eu feria.

Com o passar dos anos descobri várias derivações da palavra e quanto mais eu conhecia, mais mergulhava naquele mundareú de sentimentos.
Foi quando ouvi um " eu te amo" que veio de alguém muito especial , mas eu não acreditei, porque muitas vezes disse isso e não era o que estava sentindo.
Lia muito sobre o amor , mas não sabia de fato o que era.

E foi ai que conheci o amor, e eu não queria amar ninguém, mas quando ele chegou começei a pisar cuidadosamente, porque senti que o amor estava chegando no meu coração, mas hoje meus pés já não sabem onde pisar, já não querem pisar em lugar algum, porque ele me machucou.

Ai eu vi que falar de amor não é amar!
Ele veio numa noite e destruiu tudo aquilo que inventei para nós, quis me ferir.
O dia amanheceu, estava quente e claro naquela manhã, tinha tudo para ser um belo dia, mas acabou tornando-se um dia nebuloso, e minha cama estava tão aconchegante que eu quis ficar ali deitada, com minhas lágrimas e soluços.
Minhas convicções tornaram-se falhas
, a amargura e o tempo molham meus olhos. E como nunca antes, desacreditei no amor.

Descobri ao olhar para trás, a tal felicidade...
Mas em pedaços, que sequer valem a tentativa de juntar,
Apenas para recordar e chorar.
Constato o óbvio: Nada é eterno senão a morte.

Mais uma vez, olhando o que passou, descubro que tudo que já tive se desligou de mim...
E compreendo que não poderia ser diferente,
Pois até eu mesma me desliguei de mim...
Devo presentear alguém com tamanha culpa?
Talvez...

Afinal sozinha eu não conseguiria fazer tudo isso comigo mesma!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Hoje assim fiquei

Hoje assim fiquei,
Esperando que as nuvens se dissipassem,
que a chuva parasse e que as estrelas surgissem
Esperei pela lua amiga de minhas madrugadas vazias e enormes.

Hoje, assim fiquei...
Com a esperança de ter você, com sonhos para sonhar, carinhos para dividir...
Deixo aqui um abraço sem braços,
um beijo imaginário dado na distância em que nos encontramos,
Um beijo com o sabor amargo de uma saudade que acabou de chegar....


terça-feira, 27 de abril de 2010




"Minha alma tem o peso da luz.
Tem o peso da música.
Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita.
Tem o peso de uma lembrança.
Tem o peso de uma saudade.
Tem o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

(Clarice Lispector)

sábado, 30 de janeiro de 2010

coração



O coração nos engana muito.
Já dizia o velho ditado que ele é terra que ninguém passeia. Concordo! Ninguém passeia, nem nós mesmos...
Quando menos se espera ele prega uma peça trazendo sensações que você não queria sentir, sentimentos que não queria ter.
A velha e boa razão sempre nos dá o sinal de alerta, mas o bobo coração sempre, ou na maioria das vezes já nem liga e se entrega.
Perigoso isso! Mais ainda quando não se conhece o terreno que está pisando. Pode ser areia movediça ou um solo fértil e bom, mas assim mesmo lá vai ele se arriscando nessa aventura.
Espero que seja firme esse solo, que aguente as secas e enchente, que resista aos ataques dos predadores e parasitas e que no final seja produtivo e esteja apto para dar frutos bons e não ervas daninhas.
Seria demais desejar tudo isso? Talvez sim, mas essa curiosidade pelo desconhecido é bem mais forte, ainda que seja uma loucura. loucura muito gostosa de ser vivida, diga-se de passagem.

Bom... fica aqui uma frase bem clichê...
"...que seja eterno enquanto dure."

"Ps: Espero que dure muito!!!