sábado, 3 de janeiro de 2009


O meu mundo tem estado à tua espera;
mas não há flores nas jarras, nem velas sobre a mesa,
nem retratos escondidos no fundo das gavetas.

Sei que um poema se escreveria entre nós dois,
mas não comprei o vinho,
não mudei os lençois,
não perfumei o decote do vestido.

Se ouço falar de ti, me comove o teu nome
( mas nem pensar em suspirá-lo ao teu ouvido),
se me dizem que vens, o corpo é uma fogueira,
estalam-me brasas no peito, desvairadas,
e respiro com a violência de um incêndio...
mas parto antes de saber como seria.

Não me perguntes o porque..
...e o meu mundo continua á tua espera.

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