terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Que maldição foi essa que me pegou?


O que dizer depois de tudo o que me aconteceu?
As vezes acho que não sei mais andar direito
Sempre estou com os mesmos calçados
Não me canso de ser sempre assim. Imutável.

Tenho verbos, pronomes e adjetivos que me controlam
Tenho força, um lápis, uma caneta e um bloco de notas
Falta mesmo a voz, a vontade e a coragem
Me falta voltar a encarar uma folha em branco

Não sei mais como escreveria para você
Não sei mais como escreveria para mim
Não sei mais como dominar as palavras que correm
Que vão tão longe, longe mesmo
Que vão comigo pela estrada, para o trabalho,
Malditas palavras que me perseguem no banho
No meio da maldita fumaça
No meio de dentro,
Dentro de mim...

O que sei agora, por falta de prática
É que preciso voltar, cair, sentir, palpitar
Sei mais agora que antes
E continuo fazendo os mesmo erros de sempre.

Tento e persisto
E sempre te vejo nessas malditas sombras
Nas malditas fumaças
Nas malditas palavras

Que maldição foi essa que me pegou?

2 comentários:

Sérgio Pontes disse...

Lindo esse poema!

Bom ano!
bjs

Ronilson disse...

Stat crux dum volvitur orbis !
Bjo