quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A arvore da vida


Nossa vida é semelhante a uma árvore,começa por uma simples semente, a quem é necessário dedicar todos os cuidados. Regar , alimentar, dar carinho..
Com o tempo vai crescendo e estendendo os seus ramos, que no início são ainda muito frágeis.
Anos vão se passando e o seu tronco vai se tornando mais forte e com eles vários ramos se vão espalhando e tem que aguentar ventos e tempestades.
As pessoas que cuidavam da "arvorezinha" vão deixando de o fazer e ela tem de aprender a se cuidar sozinha. Outras árvores cruzam no seu caminho, que lhe dão algum carinho e alegria ajudam-na a crescer de uma forma feliz e saudável!. Só que muitas vezes essas mesmas árvores que lhe davam carinho, transformaram a sua vida numa verdadeira tempestade de dor e desilusão.
Fica uma árvore triste cansada sofrendo a solidão da noite, parecendo uma árvore de Outono em que as folhas vão caindo e ficando amarelas e secas.
Com os ramos desfeitos apenas o tronco ao alto sem forças para lutar.
São noites de insonia a olhar as estrelas a relembrar o passado e tentar perceber porque descemos das nuvens de uma forma tão rápida e triste. Das nossas folhas caem orvalho em forma de lágrimas.
Mas mais nada podemos fazer a não ser tentar ficar na nossa companhia e tentando fazendo nascer novos ramos para que a árvore volte a ter vida. Silenciar a nossa dor na noite escura. Quando a chuva cai lava a alma de uma árvore sem vida.
Só nós resta continuar nossos caminhos com o coração machucado, sem esperança e com feridas profundas, mas uma árvore cai sempre de pé.
De pé que continuo embora com os ramos desfeitos pela dor, desnudada de sentimentos ou ilusões apenas existe em mim tristeza e dor. Acreditei num amor livre e sem barreiras.Vc ainda está tão presente em minha vida, e quero muito que nunca se esqueça que todas as palavras que te disse foram sentidas, foram verdadeiras. Então fico aqui nas horas mortas e intermináveis da noite , olho as estrelas e a beleza da lua e são nestas horas de tristeza e dor que mais te recordo. Ouço um pássaro cantar ao longe, um canto triste e solitário, que me faz ainda mais aumentar a saudade e a incompreensão. Eu apenas canto prantos de saudade e dor.
Mas não quero mais chorar por ti vou pedir a lua que te arranque de dentro de mim, que leve para longe este sofrer e aos poucos vão apanhando ramo a ramo, um dia vou ser uma árvore amadurecida, talvez sonhadora…
agora não tenho sonhos, limito-me a olhar as estrelas e reviver o passado, sem entender o presente e sem saber nada do futuro. Minha vontade é varrer as lembranças,colocá-las numa caixa e enterrá-la bem fundo, num terreno bem longe de mim onde nunca possa ir desenterrar !
Não pensarei mais em ti!
Será?...

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